Em 15 de abril é comemorado o Dia nacional da conservação do solo. A data é uma homenagem ao nascimento do americano Hugh Hammond Bennett (15/04/1881- 07/07/1960), considerado pioneiro no campo da conservação do solo nos Estados Unidos da América, por ter chamado a atenção da nação para os problemas relacionados com a erosão do solo. Ele era chefe do Serviço de Conservação do Solo, uma agência federal agora conhecida como Serviço de Conservação de Recursos Naturais.
A data foi instituída pela Lei 7.876 em 13 de novembro de 1989, por iniciativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e tem como objetivos o aprofundamento dos debates sobre a importância e reconhecimento da necessidade de uso e manejo sustentável do solo.
A erosão do solo está entre os problemas ambientais mais preocupantes por levar o solo à perda de sua capacidade produtiva. Entre outros agravantes associados às questões ambientais, sociais e econômicas, estão a contaminação dos recursos hídricos e a degradação dos ecossistemas como um todo.
O solo é a camada de material inconsolidado mais superficial da crosta terrestre, originário da decomposição de rochas. Rocha e solo, juntos, compõem a litosfera - a camada externa sólida da Terra.
O solo é formado através de um processo chamado pedogênese, que engloba a atuação de cinco fatores: clima, organismos, material de origem, tempo e relevo. Esses fatores irão determinar não apenas o tipo de solo como também suas propriedades.
Em um solo arenoso, por exemplo, a grande concentração de grãos de areia permite um escoamento rápido da água, pois ela se infiltra facilmente pelos espaços entre os grãos. Porém, essa facilidade que a água tem ao penetrar, tende a deixar esse solo mais pobre em nutrientes.
O calor (temperatura), a ação de ventos, chuvas e de seres vivos como bactérias e fungos por exemplo, fazem com que o solo esteja constantemente em desenvolvimento, independente da escala de tempo: diariamente os organismos vivos alteram o solo microscopicamente, enquanto o vento pode levar milhares de anos para modificá-lo.
Para as Ciências Biológicas em seus variados ramos, o estudo do solo é importante para compreender os ciclos de nutrientes minerais (processo de absorção dos nutrientes minerais disponíveis no solo pelas plantas) e analisar os diferentes ecossistemas e habitats dos seres vivos.
Fatores como composição, granulometria, porosidade, fertilidade, cor, estrutura, textura e perfil são alguns aspectos importantes para o estudo, análise e classificação dos solos, que também fornecerão informações fundamentais para que o plantio seja bem sucedido, seja na jardinagem, paisagismo, produção agrícola ou na recuperação de áreas degradadas.
Quando falamos do cultivo de plantas e principalmente da jardinagem, não devemos confundir solo com substrato: o solo (embora contenha uma porcentagem de matéria orgânica decomposta) é de origem mineral: as rochas. Já o substrato é por definição de origem vegetal, resultado da compostagem de cascas (Pinus) e fibras de coco, e muito rico em matéria orgânica.
Vídeo explicativo da EMBRAPA sobre solo.
O manejo do solo também interfere diretamente na disponibilidade de nutrientes. Solos mal cuidados, excessivamente trabalhados e sem manutenção da matéria orgânica tendem a apresentar menor teor de nutrientes do que os solos bem cuidados.
Referências bibliográficas:
Manejo e conservação do solo
Sistema Brasileiro de Classificação de solos
Uso e manejo do solo
Por: Patrícia Dijigow
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