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Os estômatos do abacaxi-roxo



O abacaxi-roxo (Tradescantia spathacea) é uma planta herbácea da família Commelinaceae também conhecida como moisés-no-berço ou espada-de-iansã.


É originária da região entre sul do México e Guatemala e se destaca pelo colorido de suas folhas dispostas em rosetas, com a face superior verde escura e a face inferior roxa, criando um belo efeito visual, motivo da espécie ser tão comum no cultivo de plantas em casas, apartamentos e jardins, isolada ou formando maciços para forração, muito presente em jardins tropicais.



Cresce em média 60 centímetros de altura e existem variedades com folhagem verde ou padrões de listras diferentes. As flores, de cor branca surgem na primavera e no verão, são pequenas e protegidas por pares de brácteas.


Deve ser cultivada em solo rico em matéria orgânica, ao sol pleno ou meia-sombra. Deve-se evitar encharcar o solo, que pode causar apodrecimento das raízes. Em caso de solos muito argilosos, o ideal é misturar areia para facilitar a drenagem da água.  A multiplicação pode ser feita por separação dos brotos laterais, estacas ou sementes.



Uma curiosidade sobre esta planta é a facilidade de estudos em aulas práticas de Biologia e Botânica que ela proporciona: seus grandes estômatos são de excelente visualização através de microscópios. Os estômatos são estruturas presentes em grande quantidade na epiderme vegetal e são responsáveis pelas trocas gasosas entre a planta e o meio ambiente, ou seja a entrada e saída de gases, inclusive o vapor de água.


São os estômatos que permitem a disponibilização do gás carbônico para as células e também estão relacionados com a perda de água por transpiração. O número de estômatos por área é chamado de densidade estomática. Este número varia muito entre as espécies e também entre partes da folha. É possível encontrar entre 1000 e 100.000 estômatos por cm² de folha e eles podem estar presentes em ambos os lados da folha, ou somente em uma das superfícies, sendo mais comum sua presença na superfície inferior.



A palavra estômato deriva do grego stoma, que significa boca, devido sua aparência. Cada estômato é formado por duas células especializadas, que são chamadas de células-guarda. A abertura que é delimitada pelas células-guarda recebe o nome de ostíolo. As células-guarda têm formato de rim ou de halteres (como em algumas monocotiledôneas) e são as únicas células epidérmicas que apresentam os cloroplastos.



Na foto acima, o detalhe de um estômato da espécie, evidenciando a presença dos cloroplastos (em verde) nas células-guarda.


Em resposta aos sinais ambientais e fisiológicos, os estômatos ajudam a planta a manter o balanço entre a perda de água e suas necessidades de oxigênio e gás carbônico. Em temperaturas elevadas e condições de seca, a planta fecha os seus estômatos para conservar água.



Por: Patrícia Dijigow


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