Nativa e endêmica de Madagascar, a ravenala ou árvore-do-viajante (Ravenala madagascariensis) é uma planta rizomatosa e semi-lenhosa que conquistou os jardins tropicais de diversas partes do mundo pelo formato escultural de leque de suas folhas, de grande valor ornamental no paisagismo.
Embora seja também chamada de palmeira-do-viajante, esta espécie não é relacionada com as palmeiras (que pertencem à família Arecaceae). A árvore-do-viajante é a única espécie do gênero Ravenala e pertence à família Strelitziaceae, sendo mais relacionada com as estrelítzias.
Seu nome científico indica não apenas a sua origem, mas também como é conhecida localmente: "ravi" em malgaxe (a língua predominante em Madagascar) significa folhas enquanto que "ala" é referente à floresta, ambiente onde é mais predominante. Localmente as "folhas da floresta" são utilizadas para construir as típicas casas costeiras da ilha e também crescem em áreas mais abertas de reflorestamento.
Já seu nome popular remete a diferentes histórias: a mais popular se refere ao hábito de viajantes do passado que se serviam da água acumulada na base das folhas para saciar a sede, mas também existe uma outra versão, que narra que a posição do leque formado pelas folhas era utilizado para orientação em relação ao Sol, indicando a direção das trilhas a serem percorridas.
Polinizada por lêmures e morcegos, suas inflorescências agrupam flores de cor branca, hermafroditas e assimétricas. Os frutos são cápsulas secas contendo numerosas sementes revestidas por arilo de cor azul intenso, que é muito atrativo para pássaros e favorecendo sua dispersão.
A árvore-do-viajante pode atingir até 20 metros de altura, mas em média cresce entre 6 e 12 metros e deve ser cultivada ao Sol pleno, em solo bem drenado e rico em matéria orgânica. As regas e adubações devem ser regulares.
A espécie não tolera geadas e pode ser multiplicada por sementes ou separação das mudas que se nascem junto à planta.
Por: Patrícia Dijigow
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