As plantas insetívoras, popularmente chamadas de plantas carnívoras, possuem adaptações que permitem a captura e digestão de presas. Os insetos capturados são um importante complemento nutricional, porque geralmente essas espécies vivem em solos pobres de nitratos e fosfatos.
As plantas insetívoras ocorrem predominantemente nos trópicos, com grande biodiversidade no Sudeste Asiático, Américas e Austrália.
O gênero Drosera abrange 250 espécies. Quando observamos em detalhe a folha de espécies desse gênero de plantas (que pertence à família Droseraceae), podemos ver as emergências glandulares repletas de substâncias pegajosas (mucilagem) que neste caso são utilizadas para aprisionar o inseto.
As folhas modificadas apresentam essas emergências glandulares (chamadas de tentáculos por alguns autores) que exsudam a mucilagem junto com componentes para a atração (néctar), captura (polissacarídeos) e digestão (enzimas) de insetos.
Charles Darwin estudou e realizou uma série de experimentos com a espécie Drosera rotundifolia (em detalhe nas duas fotos acima) que vieram a confirmar a insetivoria em plantas, ou seja, a nutrição pela captura e digestão de insetos.
A Drosera rotundifolia é popularmente conhecida por orvalhinha e pode ser encontrada em lamaçais, pântanos e brejos por toda a Europa do norte, parte da Sibéria, norte da América do Norte, Japão e Nova Guiné. As folhas são dispostas em uma característica roseta, e apresentam pecíolos longos e estreitos, que medem entre 1,3 e 5 centímetros. As flores são de cor branca ou rosa, com cinco pétalas. As sementes são afiladas e medem entre 1 e 1,5 milímetros.
O nome botânico deriva do grego drosos (orvalho ou gotas de orvalho) e se referem às gotas brilhantes de mucilagem na ponta dessas estruturas glandulares, que se assemelham a gotas de orvalho.
Na imagem abaixo, detalhe das estruturas glandulares da espécie Drosera binata.
Por: Patrícia Dijigow
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