Um herbário é uma coleção de plantas secas ou fungos, que são prensados em estufas, catalogados de forma técnica e preservados para finalidades científicas.
Amostras do gênero Nepenthes, depositadas no Herbário do Museu Nacional de História Natural em Paris. Fotógrafo: François MEY (CC BY 3.0)
As amostras de plantas secas recebem o nome de exsicatas e muitas delas foram coletadas há centenas de anos. Constantemente os acervos são atualizados com a adição de novas amostras de espécies às coleções, que são devidamente identificadas e catalogadas, reunindo informações confiáveis oficiais sobre a descrição, classificação taxonômica e organização destas espécies em seus reinos.
Atualmente, os herbários de diferentes partes do mundo se comunicam através de grandes bancos de dados, que integram o trabalho de digitalização das amostras, onde cada exsicata recebe um código de barras. Através dos sistemas de gerenciamento das coleções científicas dos herbários, diversas instituições de pesquisas botânicas podem trocar informações sobre as amostras de suas coleções.
No Brasil, a amostra mais antiga de planta está no Jardim Botânico do Rio de Janeiro e pertence à família Lycopodiaceae, coletada pelo naturalista Philibert Commerson no Estreito de Magalhães entre novembro e dezembro de 1767, e organizada por Jeanne Baret, que ingressou a expedição disfarçada de homem. Ela foi a primeira mulher a circum-navegar pelo planeta em busca de novas espécies vegetais.
Os herbários não apenas guardam muitas informações sobre cada espécie catalogada, como também revelam muitas histórias de naturalistas do passado, que fizeram grandes levantamentos florísticos das mais variadas regiões do mundo.
O acervo do herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro é o maior da América do Sul e contém mais de 850.000 amostras de plantas, que reúnem informações muito valiosas sobre a biodiversidade mundial.
Veja detalhes desta coleção no vídeo abaixo, disponibilizado pela equipe do Jardim Botânico do Rio de Janeiro:
Por: Patrícia Dijigow