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Bougainvillea: a primavera das plantas



Primavera é o nome mais popular dado às diferentes espécies do gênero botânico Bougainvillea da família botânica Nyctaginaceae. No Brasil, diversas espécies desse grupo de plantas ainda recebem o nome de buganvile, três-marias, sempre-lustrosa, santa-rita, ceboleiro, roseiro, roseta, riso, pataguinha, pau-de-roseira e flor-de-papel.


Na natureza, as primaveras podem ser encontradas em toda a América do Sul, em especial no Brasil onde é possível encontrar cinco espécies, presentes na Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica e Pantanal.


As diferentes espécies de Bougainvillea podem ser árvores, arbustos ou trepadeiras. Independente da forma de vida, apresentam caules longos, geralmente com presença de espinhos e com folhas verdes, macias e lisas. O que parece ser uma flor colorida é na verdade, uma inflorescência, um conjunto de flores.


Se observado de perto é possível notar que em cada parte colorida das primaveras, existem três pequenas flores unidas lado a lado e protegidas por três brácteas coloridas.


Detalhe mostrando as minúsculas flores da primavera.

As partes mais coloridas e atrativas dessas plantas não são pétalas e sim brácteas que protegem as três flores no interior da inflorescência. As cores das brácteas são fortemente intensas e variam entre o amarelo, laranja, lilás, rosa e vermelho.


O gênero botânico recebeu o nome de Bougainvillea em homenagem ao navegador francês Louis Antonie de Bougainville, porém, quem encontrou a espécie no Brasil no século XVIII, foi Jeanne Baret, a primeira mulher a circum-navegar o planeta, em missão que buscava novas espécies vegetais, disfarçada de homem, pois na época as mulheres não podiam embarcar em navios.


Quando trazida para a Europa, a planta se difundiu e ganhou destaque entre as espécies ornamentais de todo o mundo. Um grande número de plantas nativas do Brasil, geralmente não alcança o mesmo prestígio no mercado nacional.


Ainda que o potencial das plantas brasileiras não seja devidamente valorizado no país, este é cada vez mais reconhecido no exterior e ainda no século XVIII os europeus viram nas primaveras um grande potencial ornamental e, por vários países da Europa é possível avistar nas fachadas das casas, jardins e quintais a presença das primaveras brasileiras.


A maior árvore de primavera do mundo está situada na cidade de Lambari do Sul, em Minas Gerais, em uma calçada às margens do lago Guanabara, e mede cerca de 18 metros de altura. No Brasil ocorrem cinco espécies na natureza: Bougainvillea campanulata, B. fasciculata, B. glabra, B. malmeana e B. spectabilis e estão presentes no Norte (Amazonas, Pará), Nordeste (Bahia, Ceará, Pernambuco), Centro-oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo), Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina).



Os tratos com o cultivo da primavera dependerá de vários fatores, dentre eles os principais são: espécie cultivada (árvore, arbusto ou trepadeira) e local (vaso, canteiro, área com maior disponibilidade e profundidade de solo). Tradicionalmente as primaveras são utilizadas para o cultivo de bonsais, pois florescem geralmente duas vezes ao ano, na Primavera e no Outono.


Mudas plantadas em vasos requerem um período de adaptação ao sol direto, devendo deixar a planta por períodos gradativamente maiores exposta ao sol. Essa aclimatação ao sol leva em média quatro semanas.



Quando plantadas em jardins ou canteiros, devem ser mudas de maior porte e que não exigirão maiores cuidados. O melhor momento para realizar podas e limpeza da planta é no outono, quando é possível retirar os galhos secos e ramos que não produzem flores, podendo podar de forma que se dê uma forma desejada para sua planta.



Por: Anderson Santos

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